Pinceladas e Cores

Bom dia! Sexta-feira já. Esta semana voou, como sempre acontece quando estou com os meus filhos. Mas não foi só por isso: tive muitos eventos, conheci muita gente interessante, como 5 escritores chilenos que vieram a Portugal partilhar as suas experiências de vida connosco. Regressaram ao Chile com o meu livro debaixo do braço... O que é bom! Espero que gostem. Dos cinco estabeleci mais relações com dois: a Andrea, mulher inteligente que conhece alguma literatura portuguesa, como sejam António Lobo Antunes, de quem diz ser o seu alter-ego; e o Juan Pablo, cronista e jornalista, que diz que viver do que se vê e se sente é uma das mais maravilhosas proezas do mundo. Diz-se criador do jornalismo portátil, porque "o leva consigo quando viaja". Um conceito interessante! Ontem assisti a mais um filme chileno, extraordinário: "El Regalo". Adorei! Uma comédia passada nas termas de Chillán, um sítio muito bonito para se descansar e relaxar. Maravilhoso! Para variar, conheci

Hoje vesti-me de branco. "Mamã, hoje pareces uma nuvem", como disse o meu filho mais velho. Vá lá que não sou uma nuvem negra, pelo menos isso... Vim para o trabalho a caminhar, como sempre faço. É a minha caminhada higiénica do dia, pelo menos esta fica garantida. Se houver mais, melhor. Mas regressando à minha caminhada, cruzei-me com um pincher gigante (acho que é assim, pelo menos não era anão!), branquinho e de caracóis, muito garboso no seu andar... Acho que me achou parecida com ele (branquinha e de caracóis!), porque me olhou com simpatia, e atirou-se a mim para brincar. Eu dei uma gargalhada, claro está, e a dona puxou-o logo e gritou com ele para não se atirar às pessoas... Nada como ver uma figura igual à nossa para sentirmos uma imediata empatia... Pouco depois cruzei-me com um melro (como qual já não sou parecida!), todo negro e de bico amarelo, a saltitar na relva. E depois pensei na felicidade que tenho de poder desfrutar da Natureza no seu melhor, ver cães

O meu menino fez anos! E eu tive uma trabalheira a organizar a festa, mas correu tudo bem. A rapaziada toda junta, todos contentes. Muito bom! Acabou outro domingo. E eu sinto-me cansada, muito cansada, mas feliz e realizada. Que é o tipo de cansaço gratificante, que nos consola o coração e a alma, e nos apazigua os rigores da vida agreste que levamos. O Miguel está crescido. O Alexandre também. E estão felizes. E nós também, os pais babados que vêem os filhotes desabrochar, mas que nos trazem os amigos para dentro de casa, sabendo que este é o seu porto seguro e que aqui terão sempre um lugar para cada amigo, para cada escolha. O importante é ensiná-los a fazer escolhas, as melhores escolhas possíveis dentro do leque disponível. E cada escolha implica uma perda. E com cada perda aprendemos um pouco mais, neste conjunto de lições que a vida nos prepara. Felicidades, meu amor, muitas felicidades. Espero que um dia olhes para trás e sintas a felicidade que nós tentámos transmitir-te.

Hoje é domingo. Estou a preparar a festa do Miguel, que já vai fazer 9 anos, o meu menino. Faz anos amanhã, mas a festa será no próximo sábado. Ele quer a festa cá em casa, vá-se lá saber porquê... Acho que quer trazer os amigos, mostrar os brinquedos, os jogos, os gatos, os peixes, o sítio onde vive... Ou um dos sítios onde vive, porque ele tem pelo menos dois: a minha casa (a nossa casa) e a do pai... Já fiz um bolinho para lhe levar amanhã à escola. E também lhe vou escrever uma cartinha a desejar muita felicidade e muito amor pela vida fora, porque nós vivemos bem praticamente despojados, mas que não nos falte o amor e a felicidade... Hoje também quero deixar aqui uma reflexão sobre algo que me anda a preocupar: a violência no mundo. A forma como andamos a educar os nossos filhos, tornando-os violentos na sua forma de ser. Eu tenho dois rapazes, e toda a gente sabe que os rapazes têm testosterona, que são mais brutos nas suas brincadeiras, que testam os seus limites e os jogos d

Ou violeta. Gosto da cor lilás. Tem personalidade. É uma mistura de azul com rosa, pelo que fica lindamente combinada com as duas. E contrasta com o verde, pelo que fica bem com as três... Ok, mas não queria falar de cores, embora as cores embalem a minha vida. Hoje quero falar dos Açores. Que, só por acaso, rima com cores. E fica bem no meu blogue, até porque é a minha terra natal. Estou preocupada, porque no Faial, a terra da minha mãe, as hortênsias, que toda a vida foram azuis, começam a ficar lilás. Supostamente a cor azul provém da terra, supostamente atribuída ao ferro existente, vá-se lá saber se não será por causa do enxofre resultante dos vulcões... Mas o facto é que agora o ferro está a diminuir, pelo que a cor azul se vai transformando lentamente em lilás... As maravilhas da Natureza! O Faial é conhecido como a "Ilha Azul"... E não pode mudar para a "Ilha Lilás", porque essa é a ilha das Flores... E isso preocupa-me! Mas amanhã é segunda-feira, e

Hoje não foi um dia muito feliz. Mas nem todos podem ser, não é verdade? Aborrece-me a falta de coerência das pessoas, das empresas, dos procedimentos, dos modos de actuação, da mentira, ou falta de verdade, para justificar actos incorrectos... Afinal a ética que se apregoa não passa de mero pregão: "faz o que eu digo, não o que eu faço". Sempre tive dificuldade em lidar com a incorrecção e actuação menos feliz, mas a justificação dos erros com desculpas de mau-pagador éabsolutamente terrível. Chega a dar a sensação de que tudo é admissível, tudo se pode fazer, e a culpa morre solteira. Afinal caem pontes, morrem pessoas, incapacitam-se outras, e nunca aparece um culpado... Não é triste? E a tudo isto chamamos "justiça". Desde que "role uma cabeça", está tudo bem... "Já temos um culpado", mesmo que o pobre coitado nem sequer se aperceba do que se está a passar... E a sua cabeça segue na bandeja de prata para "apresentar" a um qualq

Hoje é domingo de Páscoa! É um dia lindo, de família, de fé, de amor e paixão. E sobretudo de ressurreição, a ressurreição de Cristo, e de todos nós, os que temos a capacidade de renascer em cada dia, de nos renovarmos em cada mau momento, sabendo que amanhã será melhor, porque a vida é assim mesmo, e sem dias menos bons não haveria os dias fenomenais! Eu sinto que renasci nos últimos 6 meses, porque depois da tempestade vem sempre a bonança... E que bonança, senhores! Até me surpreendo a mim própria por esta capacidade de acreditar que sim, é possível renascer das cinzas, qual Fénix! E temos de acreditar, acreditar sempre, que por mais que a vida nos teste, nós somos capazes! Seremos sempre capazes, seja qual for o desafio. Por isso, vida, puxa-me o tapete, deita-me abaixo, espezinha-me, humilha-me, destrói a minha auto-estima, faz de mim gato-sapato, que eu mostro-te do que sou feita! Porque agora aprendi a acreditar em mim. E sim, eu valho muito mais do que pensava! E agora esto