Hoje sinto-me... Laranja!
Não me deves nada, não te devo nada. E, no entanto, senti uma picadinha, uma dor que mal consigo descrever, uma espécie de pontada no coração… Dói-me sempre que me ignoras, dói-me sempre que tenho de te ignorar. Porque não é essa a minha natureza, apenas me limito a jogar o jogo o melhor que sei e posso. Mesmo que para isso me tenha de sufocar, ainda que saiba que me vai doer, que poderá doer-te também… Mas tem de ser assim. É estranho, achei que o tempo iria refinar a arte do jogo… Triste ilusão, porque na prática o que aconteceu foi que cada vez me custa mais… Sabes, não é que não saiba jogar, mas agora não me apetece muito… Preferiria ser eu mesma, mostrar-me na minha fragilidade, dar-me de coração aberto… Porque é assim que eu sou! E, no entanto, continuo a jogar… Continuo a fingir a arte da sedução, tentando extrair prazer de pequenos momentos em que me sinto bem sucedida… Cada vez mais raros, cada vez mais escassos, cada vez mais intensos… E passageiros, como tu também és na m