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A mostrar mensagens de abril, 2012

Hoje sinto-me... Verde Água!

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Tenho uma certa nostalgia do passado… Às vezes dou por mim a olhar para as fotografias antigas e a recordar os pequenos momentos que ficaram registados… E, mais do que recordar os momentos imortalizados em imagens, recordo os momentos adjacentes àqueles que ficaram registados… Refiro-me aos momentos que permanecem gravados na minha memória, com ou sem imagem associada… Porque as imagens, essas ficarão para sempre comigo, guardadas num recanto da minha mente, num qualquer esconderijo a que nem sempre quero aceder, mas que se ativa por ação de algo semelhante ao que já vivi, ao que já vivemos… Vejo-me grávida do Alexandre, com o Miguel ao colo. E observo a alegria que temos na cara, a satisfação que espelhamos nos nossos sorrisos: eu, protegida pelas hormonas da felicidade que acompanham a gravidez, o Miguel desfrutando da felicidade de estar com a mãe e o pai na praia, relaxadamente protegido pelas fortalezas que nós, os pais, representamos para qualquer bebé… Vejo-me com 18 an

Hoje sinto-me... Verde garrafa!

Preciso de tempo! Não sou muito exigente, pelo menos na maioria das coisas, mas de tempo preciso… Faz-me falta, o tempo… Tempo para mim! Tempo para os meus filhos! Tempo para a minha família! Tempo para as minhas coisas! Tempo para os meus amigos! Tempo para relaxar! Tempo para cuidar! Tempo para ser cuidada! Tempo para dormir! Tempo para sonhar! Tempo para apreciar o que a vida tem de bom para me oferecer! Se calhar não é só o tempo que me faz falta… Se calhar é um conjunto de requisitos, entre os quais estará o tempo… Ou então serei eu que não sei gerir bem o meu tempo… Ou então é o próprio tempo que se me escapa por entre os dedos e quando eu dou por ela… Pffff, já se foi! O momento passou! Trago dentro de mim esta inquietude que me desgasta, me consome, me corrói por dentro, a par da culpa, esta culpa que transporto sempre comigo no marsúpio, o peso de uma responsabilidade que carrego como se estivesse permanentemente em transgressão… Como se houvesse algo que eu pudesse fa

Hoje sinto-me... Castanha!

Olhou para os seus dedos gorduchos e sacudiu-os rapidamente… Nesta mão nunca entrará uma aliança – exclamou, não sem alguma tristeza. Não sei porque dizes isso – respondi – há de tudo para todos, vais ver que ainda te vais apaixonar loucamente por alguém e em menos de nada… Zás! Estás casada! Não me parece – agora ela olhava mesmo tristemente para o seu anelar da mão esquerda, talvez avaliando se gostaria de o ver enfeitado com uma aliança… Então, vamos lá ou não? - Eu começava a ficar impaciente, tínhamos combinado ir passear e já estávamos à conversa há mais de 1 hora… Vamos, vamos… - Ela levantou-se e foi calçar uns sapatos vermelhos, de salto baixo, mas elegantes e práticos. – Achas que leve estes? – Perguntou-me, apreensiva. Leva, são bonitos … - respondi. Ela calçou os sapatos e ficou a olhar para os pés com ar pensativo… Tenho pés bonitos – disse, com um meio sorriso. Sim, são pequeninos – respondi, um pouco mal-humorada. São bem feitinhos – agora ela ria a

Hoje sinto-me... Cinzenta!

Parte de mim perdeu o entusiasmo… Já não estou tão animada como antes. Algures por aí perdi um pouco da minha energia. Se calhar esgotei-a. Ou então ela foi-me sugada por alguém… Ou escapou-se-me algures por alguma fenda de que não me apercebi… Não sei! Só sei que já não me levanto com o ímpeto de antes…  As aulas à noite estão a dar cabo de mim… Ou então é da primavera. Já não é com alvoroço que me levanto de manhã. Também já não é com a esperança de sonhar contigo que me deito à noite. Digamos que estou bastante contida nas minhas emoções… Apenas isso! Claro que não é grave! Apenas desmotivante! Nada de que eu não recupere rapidamente… O problema é que nem sei se me apetece recuperar… Agora acordo e não me apetece mexer… Também não me apetece ficar a dormir, dado dormir tão pouco… As insónias estão a atacar-me novamente em grande. Pelo pouco que durmo de noite, tenho vontade de dormir de dia… Preciso urgentemente de férias! De cortar com o trabalho! Alguns dias, umas min

Hoje sinto-me... Amarela!

Sou pela exploração da mão-de-obra infantil! Por favor não me interpretem mal, claro que há crianças que vivem em condições terríveis por esse mundo fora… Não é a isso que me refiro! Refiro-me à educação das nossas crianças… Os nossos filhos precisam de adquirir competências alargadas, não só intelectuais, como também sociais e ainda de responsabilidade. Posto isto, propus-me incentivar os meus filhos a realizarem pequenos trabalhos domésticos, como fazer as camas, limpar as casas de banho, dobrar e arrumar roupa e manter o seu quarto organizado. Para além de ajudarem na cozinha, o que já vêm fazendo há algum tempo… E tem sido um sucesso! Na verdade, eles adoram participar em todas essa atividades. Fazem-no com gosto e ficam orgulhosos do trabalho realizado. Chamam-me para verificar o que fizeram e o resultado final do seu trabalho. Chamam-me de cada vez que completam uma atividade, para passarem à atividade seguinte. Querem fazer mais e melhor. As crianças querem sempre aprender, é

Hoje sinto-me... Lilás!

Olá! Quero saudar-te com o meu melhor sorriso, a minha melhor disposição, com todo o afeto que tenho para te dar… Sim, eu disse afeto! Sei que a palavra amor te assusta e não quero assustar-te. Bem basta aqueles que assusto sem sequer mencionar a palavra amor… Há quem se assuste com a palavra sincera… Quem leve a mal escutar a verdade… Quem não aprecie a honestidade… Quem não goste de bom humor… Quem ache que não se deve levar a sério quem ri muito… E, como diz a minha mãe, eu assusto os homens… Ela lá sabe o que quererá dizer com isto… Mas eu começo a achar que ela até tem razão… Que eles fogem todos espavoridos, é verdade! E depois há alguns que me adoram… Normalmente os que têm pelo menos mais 40 anos do que eu… Como me dizia alguém há uns tempos atrás, “os velhinhos gostam muito de ti!” . Que é como quem diz, de mim. É bem verdade! Eu costumo atrair crianças, animais e idosos! A mim parece-me um bom sinal! As crianças e os animais, obviamente serão atraídos pelo instinto: eu par

Hoje sinto-me... Laranja!

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Hoje o meu pequenino Miguel faz anos! 11 anos já, meu amor. Já és pré-adolescente, meu querido. Muitos parabéns! A mensagem que quero deixar-te hoje é que espero que continues a ser sempre a pessoa especial que és: lindo, bem educado, inteligente e muito, muito sensato! Tens um elevado sentido de ética, sabes perfeitamente distinguir o bem do mal e és sempre muito correto no teu comportamento. O meu desejo, meu querido, é que sempre te mantenhas no bom caminho, o caminho da verdade, da tolerância, do bom senso e do amor pelo próximo. E também que mantenhas essa alegria natural que tens, o teu bom humor e boa disposição aliados à lucidez que naturalmente faz parte de ti. Que sejas sempre muito, muito feliz, que possas fazer as tuas escolhas com confiança e alegria e que saibas sempre que poderás contar incondicionalmente comigo para te apoiar em todas as decisões! Sei que não gostas muito desta parte, meu amor, mas tu és e serás sempre o meu bebé: andaste na minha barriga, senti o teu p

Hoje sinto-me... Azul-bebé!

Adeus… Como rezava o fado, “ uma palavra tão simples que tanto custa a dizer… ”. É possivelmente uma das palavras mais tristes do nosso vasto vocabulário! Conjuga-se com partida e despedida, com fim… Pode conjugar-se igualmente com “ para sempre ” nos casos mais dramáticos, e com “ até já ” nos momentos de intervalo, de curtas pausas, de interrupção mais ou menos forçada. Mas é sempre triste, sobretudo para aquele que fica, como bem explicava Júlio Dinis. É que aquele que parte vai à descoberta de coisas novas, todo um mundo se abre diante de si, um mundo de perspetivas diferentes e desafiantes, que exigem atenção e dedicação, dois requisitos importantíssimos para distrair a mente da dor da separação… E quem fica… Fica com as dores, todas juntinhas numa só: a dor da saudade, a dor da perda, a dor da separação, a dor da distância, a dor de ter “ficado”… Ficar representa a passividade de quem não tem outro remédio senão… Aceitar! Já partir tem uma carga psicológica associada a atividade:

Hoje sinto-me... Azul Céu!

Para variar, tenho a cabeça num remoinho de ideias… Algumas tristes, outras nem tanto, outras absolutamente alucinantes… A nossa ministra da Agricultura e Ordenamento do Território, Assunção Cristas, declarou que no setor da Agricultura não há desemprego… Pelo contrário, a oferta de emprego parece superar em muito a procura… Embora haja mão-de-obra disponível, essa mão-de-obra não procura trabalho na agricultura! Ora esta ideia, e não me perguntem porquê, acendeu de imediato uma chama em mim… Consegui visualizar-me a gerir uma pequena quinta familiar, com uma pequena produção de… Ok, não visualizei assim tanto, não ao ponto de ver os animais… Mas sei que terei animais, isso é ponto assente. Talvez lamas, adorava ter lamas… Ou avestruzes… Consigo ver-me rodeada de avestruzes com a cabeça enfiada num buraco… A minha quinta vai ter tudo menos porcos e vacas… São animais que atraem moscas e eu detesto moscas! Certamente terei um pomar com laranjeiras e limoeiros, adoro as laranjeiras e lim

Hoje sinto-me... Vermelho Sangue!

Apetece-me falar sobre amizade. Ou, melhor dizendo, apetece-me falar sobre o que eu considero ser a amizade… É que há diferenças! E, como não sei o que os outros definem como amizade, vou definir o meu conceito. Primeiro gostaria de falar sobre a amizade existente entre mulheres, ou seja, aquilo a que chamo “as minhas amigas”. As minhas amigas são seres em quem eu confio. O que quer dizer que lhes confio não só o que vai no meu coração e na minha mente, como ainda posso contar com elas para me ajudarem numa situação de aflição ou de partilha de bons momentos… Como por exemplo acompanharem-me numa ida ao hospital ou a um centro de saúde, perguntarem-se se estou bem (e aguardarem pela resposta), entrarem na minha casa sem cerimónias, e trocarmos lágrimas ou gargalhadas nas mais diversas situações. Acompanharem-me num jantar, numa ida ao cinema ou ao teatro, estarem presentes nos momentos importantes da minha vida, como o nascimento de um filho. Uma amiga sincera dá-me um beijo no rost

Hoje sinto-me... Laranja!

Julguei já não passar pela fase de vir a escutar novamente: “ não és tu, sou eu! ”. Mas a provar que nunca é tarde, eis senão quando ela surge uma vez mais na minha vida… Uma surpresa, afinal. E um bom sinal: sinal de vitalidade, sinal de que estamos vivos até ao último suspiro… Para mim é ainda sinal de que é tempo de recomeçar uma vez mais, só para que não me dê vontade de adormecer à sombra da bananeira… E grande é a tentação… A vida é feita de recomeços, de fins e de princípios. As fases sucedem-se, umas portas fecham-se, umas janelas se abrem… Tudo num continuum , num eterno continuum que parece não terminar nunca… Ainda bem que é assim… Não estou preparada para assentar… A minha alma cigana insiste em debater-se quando se sente aprisionada. Ela empurra-me constantemente para fora das minhas confortáveis fronteiras… Na verdade não sei exatamente o que ela pretende de mim. Mas sei que deixá-la à solta é a melhor solução: ela vai por aí, livre e desperta, procurando o seu caminho, l

Hoje sinto-me... Violeta!

A minha box avariou… Chamo-lhe genericamente “ box ” por falta de nomenclatura mais adequada… Não sei qual é a designação técnica daquela espécie de caixa negra que fica pousada algures em cima/baixo do leitor de DVD/Vídeo/Aparelhagem HI FI e que também tem um comando, mais um a juntar aos outros todos… O dito comando, que tem tendência para ser maior do que os outros, e bastante mais colorido, diga-se, possui vários botões a dizer “… (qualquer coisa) box ” e daí a abreviatura que eu lhe atribuí… Foi invenção minha, a sério… Podia-lhe chamar “coisa” mas depois não ficaria bem dizer “a minha coisa avariou…”. Também podia chamar-lhe “caixa negra”, mas aí poderiam pensar que eu guardo algum avião extraviado em casa, e por acaso não é o caso… Até porque o avião não caberia na minha casa… O que é pena… Mas adiante… Bom, como eu estava a tentar explicar, a minha “ box ” avariou… E eu, que já tenho ouvido e lido descrições interessantes de pessoas que tentaram “comunicar” por telefone a