Hoje sinto-me... Azul Céu!
Hoje apetece-me falar sobre a palavra 'preocupação' e afins... Isto porque me ocorreu que, muitas vezes, alguém me diz amavelmente 'não se preocupe' e... Plim!!!! Todas as campainhas começam a soar na minha cabeça.
A minha ilação é simplesmente a seguinte: se esta pessoa me está a dizer para eu não me preocupar - quando eu nem pensava sequer em preocupar-me - quer dizer que HÁ motivos de preocupação. Logo, preocupo-me. É um processo simples e imediato.
O cérebro é um órgão inteligente - e ele atribui carga às palavras. Sim, atribui, não me venham com histórias de que as palavras são isentas de carga negativa ou positiva - isso é que é uma grande treta! As palavras têm carga, sim senhor, a começar pelo próprio significado - isso já é uma carga, certo? Quero dizer, a palavra feia quer dizer isso mesmo: feia. E por muito que o nosso cérebro se esforce a transformá-la em bonita, não consegue - aliás, a esse esforço de tentar 'converter' uma coisa noutra totalmente oposta (morangos a saber a banana, etc.) chama-se dissonância cognitiva: o próprio cérebro sabe que está a ser enganado! E não gosta nada disso!
Ora, eu, que tenho cérebro, também não gosto! Portanto, 'não se preocupe' equivale a 'hum, preocupa-te à brava que isto vai ser a doer de tanta preocupação' - estão a perceber a ideia?
Bem dito, bem feito: a coisa deu para o torto! Claro!
Eu não disse? Mas... 'Não se preocupem' que eu vou resolver...
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